Indicado ao Oscar, filme 'Ainda Estou Aqui' usou imagens cedidas por centro de pesquisas da PUC Goiás

  • 04/02/2025
(Foto: Reprodução)
Longa-metragem, que retrata a trajetória de Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, recebeu três indicações ao Oscar 2025. Foram usadas imagens do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA). Fotos usadas em filme indicado ao Oscar são de acervo da PUC O Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA), da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), teve uma participação na produção do filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, ao ceder imagens de seu acervo para compor a obra. O longa-metragem, que retrata a trajetória de Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, recebeu três indicações ao Oscar 2025. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp "Ainda Estou Aqui" é um filme original Globoplay. As imagens do IGPA foram utilizadas em uma cena que mostra Eunice Paiva, já viúva e advogada, atuando na defesa dos povos indígenas. O termo de cessão foi firmado entre a PUC Goiás e a Conspiração Filmes. A universidade foi creditada na obra, com menção especial ao IGPA. Os registros cedidos são fotografias de uma queimada na Amazônia e da construção de uma rodovia em meio à floresta. As imagens são de autoria do documentarista Vicente Rios. Filme 'Ainda Estou Aqui' usou imagens retiradas de centro de pesquisas da PUC Goiás Vicente Rios/Acervo IGPA Ao g1, o filho do documentarista, Nilson Rios, contou que é profundamente simbólico ver as imagens feitas pelo pai integradas a uma obra que trata de memória, resistência e identidade. "Se no trabalho do meu pai a violência vinha dos grandes projetos de ocupação da Amazônia, da expansão econômica que marginalizava seus habitantes originários, no filme de Walter Salles essa violência se manifesta na perseguição política, na repressão sistemática e no silenciamento daqueles que ousaram resistir", disse Nilson Rios. Filme 'Ainda Estou Aqui' usou imagens retiradas de centro de pesquisas da PUC Goiás Vicente Rios/Acervo IGPA O filme, estrelado por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro no papel de Eunice Paiva em diferentes fases da vida, já conquistou prêmios como o de melhor roteiro no Festival de Veneza e o Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres. Além disso, foi indicado em premiações como o Critics Choice Awards e o BAFTA. LEIA TAMBÉM GOIÂNIA: Galeria de arte a céu aberto com entrada de graça é inaugurada em Goiânia ART DÉCO: Cores pastéis e construções modernas: Conheça locais com arquitetura Art Déco em Goiânia ARTE: Artista plástica lança exposição com obras criadas a partir de materiais retirados de locais de Goiânia "Ainda estou aqui" foi indicado à principal categoria do Oscar 2025, de Melhor Filme. É a primeira vez na história que um filme brasileiro disputa a maior categoria da premiação. A produção também tem outras duas indicações: Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). Quem foi Vicente Rios Vicente Rios, documentarista e cinegrafista Acervo IGPA/PUCGO Vicente Rios foi um documentarista e cinegrafista brasileiro que se dedicou a questões ambientais, indígenas e sociais na Amazônia. Ao longo da carreira, recebeu diversas premiações. Seu trabalho o levou a contribuir com grandes nomes do cinema documental, como o britânico Brian Moser, com quem colaborou no filme The Search for Mengele, que retrata a busca por vestígios do médico alemão Josef Mengele no Brasil. Grande parte de seu legado está preservada no Acervo Adrian Cowell, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), onde o material produzido por ele segue sendo utilizado em pesquisas acadêmicas e cinematográficas. Para o filho do documentarista, Nilson Rios, a obra do pai sempre teve como propósito dar visibilidade às populações marginalizadas. Por meio de sua lente, documentou a luta de indígenas, seringueiros e garimpeiros, registrando histórias de resistência. "O trabalho de meu pai sempre esteve voltado para dar visibilidade aos invisibilizados, e sua contribuição para a história do audiovisual é justamente essa: capturar e preservar as vozes daqueles que o progresso tentou apagar", afirmou Nilson Rios. Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia O IGPA abriga um dos mais relevantes acervos sobre povos originários da Amazônia e a colonização do Centro-Norte do Brasil, reunindo documentos, fotos e diários de viagens de pesquisadores, professores e indígenas. O instituto também preserva cerca de 3.500 rolos de filmes com registros históricos significativos para a formação cultural brasileira. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/02/04/indicado-ao-oscar-filme-ainda-estou-aqui-usou-imagens-retiradas-de-centro-de-pesquisas-da-puc-goias.ghtml


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